As hortaliças estão entre os alimentos mais sensíveis da agricultura. De acordo com a Embrapa Hortaliças, as perdas pós-colheita podem chegar a 30% da produção, impactando diretamente a renda dos produtores e o acesso do consumidor a alimentos de qualidade. A boa notícia é que há práticas simples e eficazes que ajudam a reduzir esse desperdício.
1. Escolha de Variedades Resistentes
A seleção de sementes é o primeiro passo. O uso de variedades adaptadas ao clima local e com resistência genética a pragas e doenças reduz significativamente os riscos de perdas. Além disso, produtores que investem em sementes certificadas têm mais uniformidade e melhor produtividade.
2. Manejo do Solo e Irrigação Eficiente
Um solo fértil, bem drenado e equilibrado em nutrientes previne doenças de raiz. Já a irrigação por gotejamento é altamente recomendada: garante a disponibilidade de água diretamente nas raízes, reduz a incidência de fungos, economiza até 40% de água e melhora a eficiência no uso de fertilizantes.
3. Controle Integrado de Pragas e Doenças
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) envolve diferentes práticas combinadas:
- Rotação de culturas para quebrar o ciclo de pragas e doenças;
- Plantas repelentes, como hortelã e arruda, que reduzem a presença de insetos;
- Monitoramento constante da lavoura para agir no início da infestação.
4. Colheita no Ponto Certo
A colheita deve ser feita nas horas mais frescas do dia, preferencialmente no início da manhã ou no final da tarde. Isso evita a murcha das folhas e prolonga a vida útil do produto. Outro ponto é substituir os sacos de estopa por caixas plásticas higienizadas, que reduzem danos mecânicos e perdas físicas.
5. Armazenamento e Transporte Adequados
Após a colheita, a hortaliça continua respirando. Por isso, é essencial evitar o calor excessivo e manter condições adequadas de ventilação e sombreamento. Ambientes refrigerados podem aumentar em até 70% a durabilidade de hortaliças folhosas, garantindo melhor qualidade no mercado.
📊 Resultado Final
Menos perdas significam mais lucro para o produtor e alimento de melhor qualidade para o consumidor. Pequenas mudanças no manejo geram grande impacto econômico e social, fortalecendo a agricultura familiar e aumentando a competitividade no agro.
